Casacor 2024

Categoria

Mostras

Localização

São Paulo, SP

Metragem

220m²

Data

Junho, 2024

Categoria

Mostras

Localização

São Paulo, SP

Metragem

220m²

Data

Junho, 2024

Veterana da mais importante mostra de arquitetura, paisagismo, arte e design de interiores das Américas, Monica Costa apresentou na edição 2024 um jardim acolhedor de entrada para receber os convidados e homenagear um importante rio das nossas matas tropicais.

Participar de mostras de decoração e paisagismo é um grande desafio para os profissionais da área, mas também uma excelente oportunidade de visibilidade. Cada edição é única e exige que os participantes sigam diretrizes específicas e desenvolvam projetos alinhados à narrativa proposta pela organização, ainda que de forma subjetiva. No caso dos jardins, o desafio é ainda maior, pois as plantas devem não apenas dialogar com o tema, como também manter-se exuberantes durante toda a mostra, que costuma durar de 40 a 60 dias. Trabalhar em áreas externas pode facilitar a implantação e a manutenção, mas o talento e a experiência do paisagista continuam sendo essenciais. Na edição 2024 da CASACOR SP, cujo tema era “De presente, o agora”, Monica Costa, que já tem bastante experiência com o evento, assumiu o jardim de entrada. Ficou com a laje do Conjunto Nacional que, por ser um prédio tombado e cheio de restrições, impossibilitava o plantio no solo, mas oferecia uma abundante luz natural. Aproveitando essa condição, a arquiteta paisagista criou um ambiente exuberante, com folhagens em floreiras e caminhos que conduziam o visitante a um passeio demorado e contemplativo. Batizado de “Caminhos do Xingu” o espaço homenageou um dos rios mais importantes da nossa mata nativa e representou, por meio de uma passarela, o curso do rio, que nasce em Mato Grosso e deságua no Rio Amazonas, no estado do Pará.

Com subjetividade e muito bom gosto, Monica Costa representou, mesmo que por linhas retas, o fluxo do rio Xingu, um importante curso que corta os biomas Cerrado e Amazônia, por meio de uma trilha sobre uma passarela com guarda-corpo construídos em madeira cumaru. Margeou todo o percurso com um farto maciço de filodendros-ondulados (Philodendron undulatum), guaimbês (Philodendron bipinnatifidum) e ravenalas (Ravenala madagascariensis), além das nobres e elegantes palmeiras-açaí (Euterpe oleracea).

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